Os desafios para a logística de cadeia fria

A DHL Global Dorwarding, divisão de pesquisas da operadora de logística DHL, divulgou um estudo que mostra a necessidade urgente de investimentos na cadeia de logística fria. A pesquisa apontou uma alta demanda por veículos especializados para as condições necessárias, processos globalmente consistentes, embalagens adequadas e administração de custos totais.

A pesquisa “The Smarter Cold Chain: Four essentials every company should adopt” (Cadeias frias mais Inteligentes: quatro elementos essenciais que toda empresa deveria adotar) destaca os desafios que vários setores, principalmente o da saúde, tem a respeito da logística que envolve produtos com necessidade de temperaturas controladas.

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O estudo foi publicado em momento de alta da demanda global por produtos de alto custo sensíveis a temperatura e medicamentos especiais. O relatório mais recente foi publicado na 15ª Conferência Anual Global de Ciências da Vida e Saúde, na Alemanha.

As indústrias bioquímica e farmacêutica geram produtos sensíveis, que influenciam na saúde das pessoas e exigem cuidados e condições especiais. Com uma alta da demanda por medicamentos, com o aumento do poder aquisitivo de populações em vários países, e as crescentes de regras rigorosas de condicionamento desses produtos pelos órgãos reguladores. Ou seja, essas indústrias têm um grande desafio em atender essa demanda ao mesmo tempo em que otimiza a cadeia de logística fria para condicionamento dos medicamentos.

Os gastos globais com saúde devem chegar a US$ 1,3 trilhão em 2018. O Fórum Econômico mundial estima que até 2020 um terço de todas as despesas com saúdo do planeta será concentrada em países emergentes. Segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers (PWC), os gastos com medicamentos especiais devem chegar a US$ 401,7 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, quadruplicando. Outros países têm crescimento esperado semelhante.

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Medicamentos sensíveis, que tem necessidades especiais em sua cadeia logística são parte do crescimento desses gastos. Prevê-se que a distribuição desses medicamentos complexos e o aumento da demanda global produzam crescimento no segmento de logística fria, que atingirá US$ 13,4 bilhões até 2020.

Para Angelos Orfanos, presidente do Setor Farmacêutico do Departamento de Inovações e Soluções da DHL, a falta de investimentos nessas cadeias de abastecimento pode gerar perdas financeiras e da qualidade de atendimento dos serviços de saúde.

“Com a expansão e transformação da medicina e do setor de saúde para atender às crescentes necessidades do mundo, prestadores de serviços de logística precisam investir em pesquisa e desenvolvimento especializado e oferecer o conhecimento necessário para levar medicamentos e equipamentos até os pacientes. Simplificando ao máximo, uma logística melhor pode contribuir para uma saúde melhor”, destacou Orfanos.

Lisa Harrington, autora da pesquisa e pesquisadora sênior da Universidade de Maryland, sugere que as empresas já iniciem colaborações com operadoras logísticas bem estruturadas para garantir processos consistentes em toda sua cadeia de abastecimento. “Na qualidade de fornecedores de produtos que podem salvá-los, empresas de saúde têm a responsabilidade de proteger a vida dos pacientes. É crucial assegurar que seus produtos cheguem em perfeito estado. Manter parceria com o prestador de serviços de logística correto pode garantir isso”, aponta Harrington.

Nigel Asa, chefe do Departamento de Life Sciences & Healthcare da DHL, afirma que com as exigências atuais, somente utilizar materiais robustos para embalagens não é suficiente para a temperatura correta para os produtos de saúde. É necessária uma especialização da cadeia, com processos otimizados e pessoas capacitadas. “O transporte internacional dessas mercadorias, especialmente em economias emergentes, requer um nível de perícia e precisão que, atualmente, poucos podem oferecer”, ressaltou.

Segundo o relatório, as cadeias frias devem ser focadas em quatro pontos principais:

  • Uma rede altamente especializada e em conformidade com as normas, capaz de transportar produtos com eficiência e, ao mesmo tempo, proteger sua integridade;
  • Processos globalmente consistentes, com políticas e procedimentos de mitigação de risco;
  • Embalagens adequadas ao risco – tecnologia, adequação de custos, perfeição no manuseio;
  • Estratégia de custo total, incluindo avaliação de riscos e do custo real para a empresa, caso a estratégia não seja bem sucedida.

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Para conferir o relatório “The smarter cold chain: Four essentials every company should adopt” completo, acesse http://www.dhl.com/lifesciences_smarter.

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1 Comentário

  1. Alana disse:

    Muito bom, quais as perspectivas da Cadeia fria para a área de alimentos?

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